Assim que o relógio marcou quinze para as cinco da tarde ela foi pra casa com aquela sensação horrorosa de frustração e fracasso..
Durante o tempo de espera é normal que nós pensemos todas as possíveis adversidades que impediriam a pessoa aguardada chegar, mas ela já havia passado deste ponto, tinha certeza gritante de que tudo era uma furada.
Em casa, no banho, a água batia forte no seu rosto.
Gostava de banho assim, tirar de dentro do peito aquele calor que incomodava, era o que realmente queria.
Lembrando de como aquele canalha a segurava forte pelo braço quando ela, inocentemente falava que ia embora, masturbou-se até suas pernas tremerem.
Sentiu-se mais leve.
Ele acabou de gozar e saiu de cima dela, como fazia sempre, arfando, e sentando na cadeira todo suado.
Ela puxou a calcinha de volta pro lugar, pegou um papelzinho com ele, e disse: eu te amo tanto cachorro! Ele disse: também e bem ligeiro disse que calor do caraí..ela se vestiu e sentiu vontade de correr.
Percebeu que os seus olhos eram grandes, e que pertenciam a outra, umas pinceladas desenhadas davam pra ver silhueta de um bunda e aquilo passou a fazer todo sentido do mundo.
Pensou que havia tanta coisa nesta vida que ela ainda não se dera conta e estava lá perdendo seu tempo e sua vida, apaixonada e fodida.
Ao menos, se não podia apagar o que tinha feito do seu passado, poderia construir um futuro menos triste.
Tomou um gole de qualquer coisa e foi dormir, pra não pensar mais nisso.
te dou a sorte!

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